José Ribamar Ferreira,
popularmente conhecido como Ferreira Gullar, é um poeta, crítico de arte,
biógrafo, tradutor, memorialista, ensaísta brasileiro e um dos fundadores do
neoconcretismo. Nascido no dia 10
de setembro de 1930, em São Luis, possui muitos prêmios relativos à poesia
brasileira.
Sobre o seu nome, o poeta disse
o seguinte: "Gullar é um dos
sobrenomes de minha mãe, o nome dela era Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o
sobrenome da família, eu então me chamo José Airton Dalass Coteg Sousa Ribeiro
Dasciqunta Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu
decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar
que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o
Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu
nome".
Ferreira Gullar foi um dos
fundadores da revista “A ilha”, que lançou o pós-modernismo no maranhão. Um dos
seus principais prêmios foi conquistado em 2011, quando ganhou o Prêmio Jabuti,
com o livro “Em alguma parte alguma”, que foi considerado o livro do ano de
ficção.
As suas principais obras são: “Um pouco acima do chão”
(1449) e “A luta corporal” (1954). Abaixo um trecho do poema “Traduzir-se” de
Ferreira Gullar, que por sinal foi cantado por Adriana Calcanhotto:
“Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo
sem fundo
Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e
solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de
repente.
Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte — que é uma questão de
vida ou morte — será arte?”
Giovanna Tonello e Milena Fontana, bolsistas de extensão do IFRS - Campus Canoas
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